Winger – Winger [1988] [Rock Candy remaster] (2014) USA


O primeiro disco do Winger, apesar de oficialmente autointitulado, também é conhecido como “Sahara”, vide a inscrição presente na parte de baixo de sua capa. A banda, inclusive, seria assim chamada, mas o nome já havia sido registrado. Kip então resolveu aceitar uma sugestão do amigo e ex-patrão Alice Cooper e utilizar seu próprio sobrenome para nomear o quarteto, seguindo a tradição de outras bandas, como o Van Halen e o Bon Jovi. Fator decisivo ou não, a verdade é que o resultado deu certo e o álbum chegou ao 21º posto da parada da Billboard, atingindo rapidamente a marca de 1 milhão de cópias comercializadas. A sonoridade não era muito diferente do que diversos outros grupos de rock que estavam se dando bem na época praticavam: hard rock, glam metal, pop metal… O nome vocês podem escolher. Winger, contudo, tinha um diferencial que não era comum de se encontrar nas formações típicas do género: todos os integrantes eram exímios instrumentistas e não tinham problemas em aproveitar essa capacidade criando músicas mais acessíveis. Prova disso é aquele que talvez seja o maior hit da carreira do grupo, “Seventeen”, cheia de quebras e dotada de performances especialmente inspiradas de Reb Beach e Rod Morgenstein, mas que soa um tanto bobinha àqueles que apenas prestam atenção em sua letra sobre manter relações com uma menor de idade. Outra concorrente ao posto de sucesso-mor do Winger é a semibalada “Headed for a Heartbreak”, que também conta com uma estrutura não exactamente “normal” em se tratando dos parâmetros mais comerciais, além de ser, na minha opinião, uma canção superior (e mais dramática) a “Seventeen”. Isso não quer dizer que o álbum não conte com músicas menos exóticas, vide sua abertura, “Madalaine”, que tasca um belo riff de Reb e apresenta a banda com energia, pegada e tino para a composição. Outra mais directa é “Poison Angel”, que só não soa mais metalizada em função da produção um tanto polida, tratando Paul Taylor como um membro tão importante quanto qualquer outro. Como muito dificilmente deixaria de ser, Winger também apresenta uma power ballad nos moldes mais clássicos, “Without the Night”, que, particularmente, me agrada bastante. O restante das faixas mantém um bom nível e consegue fazer com que o disco destaque-se em meio à forte safra vivida pelo hard rock no final dos anos 1980, demonstrando personalidade própria e jamais querendo soar como alguma banda que já havia se firmado na época. Não custa citar também o cover para “Purple Haze” (The Jimi Hendrix Experience) presente no álbum, que soa um tanto diferente da original e ainda traz o Dweezil Zappa (filho de Frank Zappa) executando um solo de guitarra. Os vocais de Kip, bem mais agudos do que hoje em dia, ainda não estão tão amadurecidos quanto em lançamentos posteriores, mas não comprometem me momento algum. Winger é o disco do qual menos gosto do grupo, mas, mesmo assim, trata-se de uma obra digna de ser ouvida sem conceitos pré-estabelecidos, focando no talento dos integrantes em seus instrumentos.



Fonte:
http://consultoriadorock.com/2013/12/15/discografias-comentadas-winger-2/

Temas:
01 - Madalaine
02 - Hungry
03 - Seventeen
04 - Without The Night
05 - Purple Haze
06 - State Of Emergency
07 - Time To Surrender
08 - Poison Angel
09 - Hangin' On
10 - Headed For A Heartbreak
11 - Higher And Higher (bonus track)
12 - Headed For A Heartbreak ['91 Remix] (bonus track)
13 - Never (bonus track)

Banda:
Kip Winger – vocals, bass, keyboards, string arrangements
Reb Beach – guitars, vocals
Paul Taylor – keyboards, vocals
Rod Morgenstein – drums, vocals
with:
Dweezil Zappa – left side guitar solo on 5
Beau Hill, Ira McLaughlin – backing vocals
Sandra Park, Rebecca Young, Hae Young Ham, Maria Kitsopoulos – strings




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